Quinta Retrô: A voz da Amazônia

  • 12/08/2021 às 12:36

Você já conhece a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, e sabe que grande parte dela está presente no Brasil. Mas você sabe como era a luta dos trabalhadores que dependem dela para trabalhar e que lutaram em sua defesa durante o regime militar? Hoje iremos te contar a história de Chico Mendes, um seringueiro e ativista que teve papel fundamental no desenvolvimento sustentável do país.

Natural de Xapuri, no Acre, Francisco Alves Mendes Filho nasceu no dia 15 de dezembro de 1944. Filho do seringueiro Francisco Alves Mendes e da Maria Rita Mendes, Chico acompanhava o pai na Amazônia e presenciou desde cedo o desmatamento e suas consequências.

Em 1956 seu pai começou a ter dificuldades de locomoção e, aos seus 12 anos, Chico teve de assumir a responsabilidade de sustentar a casa. Talvez por acompanhar seu pai no serviço desde cedo, tinha muito jeito com o látex das árvores. Segundo relatos, no final de sua adolescência chegou a receber prêmios de seringueiro mais produtivo da região.

As condições, no entanto, eram precárias. Os donos dos seringais (terrenos onde são realizadas as coletas de látex) exploravam diversas famílias, trocando mercadorias industriais pelo produto extrativo e gerando uma sociedade de miséria e de endividamento.

Aos 19 anos, conheceu Euclides Távora, ex-militar, que o ensinou a ler e a escrever. Com ele, Chico também aprendeu a escutar diferentes pontos de vista antes de chegar a uma conclusão. Devido a suas capacidades, pouco comuns entre os seringueiros, fez parte da diretoria do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Basiléia.


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