texto escrito por: Prof. Dra. Karine Angar Coordenadora do Curso de Odontologia da Uniftec Bento Gonçalves / RS
Dezembro é o mês de Conscientização da Luta contra a AIDS, sendo o dia 1° de Dezembro o “Dia Mundial da Luta contra a AIDS”. Este foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma data simbólica de conscientização para todos os povos sobre a epidemia de AIDS.
Sendo assim, no mês de Dezembro, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) com o apoio dos Conselhos Regionais (CROs), fortalecem a Campanha Nacional de prevenção ao HIV/AIDS, intitulada como Dezembro Vermelho.
O Cirurgião-Dentista é capaz de reconhecer precocemente as manifestações bucais associadas ao HIV, pois algumas das lesões que são fortemente associadas à infecção por HIV ocorrem como lesões orais, podendo ser o primeiro sinal perceptível da doença. Dentre estas podemos citar a Leucoplasia Pilosa, o Sarcoma de Kaposi, Eritema Gengival Linear e Gengivite e Periodontite Necrozante.
De acordo com o Ministério da Saúde, de 1980 até 2022, foram identificados mais de 1 milhão de casos de AIDS no Brasil. Destes, mais de 700 mil diagnosticados são homens, e a maior concentração se encontra entre jovens de 25 a 39 anos. Além disso, é estimado que cerca de 100 mil estão infectadas, mas não possuem o diagnóstico.
Em sexto lugar nas taxas de novos casos e em primeiro no ranking da mortalidade, o Rio Grande do Sul é um dos estados que chama a atenção pelos índices. O boletim é elaborado anualmente pelo Ministério da Saúde e provoca a reflexão sobre números importantes para pensar na prevenção e tratamento também a nível estadual e municipal.
Caso você suspeite ou apresente alguma lesão bucal que não cicatriza, procure um Cirurgião-Dentista.
Leucoplasia Pilosa
Sarcoma de Kaposi
Gengivite Necrozante
Sociedade Brasileira de Dermatologia (https://www.sbd.org.br/dezembrolaranja/)
Carcinoma espinocelular em assoalho bucal: relato de caso, Mendonça, DWR et. al, 2019; Arch Health Invest (2019) 8(11):711-716
Carcinoma espinocelular de boca em paciente jovem: relato de caso e avaliação dos fatores de risco; Sassi et al, Rev Sul-Bras Odontol. 2010 Mar;7(1):105-9
Zhang ZF, Morgenstern H, Spitz MR, Yu GP, Marschall JR, Hsu TC et al. Marijuana use and increased risk of squamous cell carcinoma of the head and neck. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 1999;8(12):1.071-8.
Neville B. Epithelial Pathology. En: Neville B, Damm D, Allen C, Bouquot J, Dolan John, Oral and Maxillofacial Pathology. St. Louis, Estados Unidos: Editorial Saunders-Elsevier, 2009. p. 409-15
Regezi JA, Sciubba JJ, Jordan RCK. Patologiaoral: correlações clinicopatológicas. 5. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier;2008
Abreu MAMM, Pimentel DRN, Silva OMP, Blachman IT, Michalany NS, Hirata CH et al. Squamous cell carcinoma of the lip: assessment of prognostic factors. Rev Bras Otorrinolaringol. 2004;70(6):765-70.
Friedlander PL, Schantz SP, Shaha AR, Yu G, Shah JP. Squamous cell carcinoma of the tongue in young patients: a matched-pair analysis. Head Neck. 1998;20(5):363-68
Carcinoma de células escamosas labial: Características clínicas e histológicas de un caso, Caciva RC et. al, 2020
Diagnosis of oral pigmentations and malignant transformations, Tarakji B et. al, 2014
Primary malignant mucosal melanoma of the upper lip: a case report and review of the
literature; Lamichhane, NS et. al, 2015